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136 resultados encontrados para ""

  • Quando o amor é o melhor motivo para aprender um idioma

    Em forma de crônica, Laysla Bonifácio conta como um affair pode reverter o bloqueio para ir além do the book is on the table (Por Laysla Bonifácio, na coluna Brasília Sem Fronteiras) Era dia 30 de dezembro de 2016, em Copacabana, Rio de Janeiro. Eu estava deslumbrada com todas as opções que a cidade me oferecia. Eram festas, open bar, caipirinhas, cerveja gelada, praia, sol, novas conexões... uau, era a virada de mais um ciclo! Naquela noite, fui a uma festa e conheci um homem que vivia na Austrália. Ele não falava nada de português e eu, bem, tinha uma péssima relação com a língua inglesa. Durante a adolescência, não aproveitei a chance de aprender inglês porque, na época, não tinha afinidade com o idioma, mesmo tendo a oportunidade de estudar em uma excelente escola de línguas que fica no meio da asa sul: o CIL (Centro Interescolar de Línguas de Brasília) instituição dedicada ao ensino de diversos idiomas para estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal. Anos se passaram e lá estava eu, no Rio de Janeiro, com um gringo, sem saber dizer nem "the book is on the table". Como paquerar? Bom, deu certo o flerte com mímica e com o Google Tradutor! Fachada do Centro Interescolar de Línguas de Brasília, há mais de 40 anos ensinando línguas aos estudantes de escolas públicas da cidade. Foto: Divulgação Iniciou-se um romance que durou todo o primeiro semestre do ano da virada, era meu amor de verão. No dia 2 de janeiro, ele voltou para a Austrália e eu, para Brasília. Cada dia que passava, eu sentia mais necessidade de aprender inglês para poder me comunicar com ele. Foram seis meses intensivos de cursos online e conversas via vídeo e mensagens. Fui aprendendo a falar inglês, comecei a gostar da língua, me encantando com as diversas culturas que o inglês carrega em si. Muitas vezes, experiências negativas nos fazem desistir ou perder o interesse em algo que, futuramente, pode ser benéfico . Foi necessário ter uma motivação — neste caso, amorosa — para compreender a imensidão que é a aprendizagem de uma língua adicional. Aprender um idioma é compreender um novo sistema linguístico, novas práticas culturais, experiências, sons, é incrível! Isto te dá a oportunidade de ampliar um pouco mais a sua visão de mundo. Ao meu ver, aprender línguas é uma experiência similar a de amar alguém. Olhando para o viés linguístico, Krashen propôs uma teoria onde ele explica que o filtro afetivo é visto como uma barreira mental que impede os indivíduos de aproveitarem plenamente a aprendizagem de uma língua. Diversos fatores contribuem para esse bloqueio, especialmente os de natureza psicológica, como desmotivação, falta de autoconfiança e insegurança. Fica evidente que manter uma afetividade e uma boa relação com a língua-alvo é benéfico; isso torna a aprendizagem mais prazerosa, coerente e divertida. Quais são os bloqueios que nós criamos nas nossas aprendizagens? Reconhecer e superar esses bloqueios é essencial para progredir e descobrir novas possibilidades. Afinal, aprender não é apenas uma questão de capacidade, mas também de coração aberto e vontade de se conectar. E viva o amor!

  • Crônicas sobre a cena internacional de Brasília viram coluna quinzenal escrita por Laysla Bonifácio

    Brasília Sem Fronteiras também traz histórias sobre o ensino de português para estrangeiros e o olhar internacional sobre a cidade Laysla Bonifácio, diretora-executiva do Instituto Cultura Brasileira, estreia coluna em junho no Brasília News (Por Jamila Gontijo) Todas as nacionalidades cabem no Quadradinho. Mundos diversos, de diferentes origens e idiomas se cruzam em Brasília, sede de missões diplomáticas e organismos internacionais. E o Brasília News resolveu contar, por meio de crônicas, como a Capital Federal é cosmopolita. As histórias passam a ser contadas quinzenalmente por Laysla Bonifácio, a mais nova colunista do Brasília News, que vai trazer referências locais e universais para falar dos desafios cotidianos, das surpresas e recompensas do ensino do português para estrangeiros. Laysla é diretora executiva e também professora Instituto Cultura Brasileira – Português para Estrangeiros, além de doutoranda em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB). Com a chegadas do Brasília Sem Fronteiras, o Brasília News reforça sua vocação de mostrar a cena internacional da Capital Federal, formada pelos integrantes das missões diplomáticas que residem na cidade e também por quem trabalha nos diversos Organismos Internacionais que funcionam por aqui. A Universidade de Brasília também é um polo de atração de estrangeiros, no caso estudantes internacionais ou professores convidados para trocar experiências acadêmicas. A coluna tem como foco as narrativas que surgem do cotidiano do ensino do português para estrangeiros, mas também toca outros idiomas e realidades, como o acolhimento de refugiados que chegam em busca de abrigo. Nesta trajetória intercultural, vamos passar pelos pontos turísticos e culturais de Brasília, acompanhando aulas fora dos espaços convencionais. Tudo com uma pitada de humor, drama e humanidade, com relatos de estrangeiros lidando com as diferenças culturais e as peculiaridades da vida brasiliense. Quem é Laysla Bonifácio Além do amor por Brasília, Laysla gosta de mergulhar na literatura espiritualista, nos romances gráficos e nas histórias de suspense. Gosta de escrever poemas, contos e crônicas. É diretora-executiva e professora no Instituto Cultura Brasileira – Português para Estrangeiros, além de doutoranda em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB) e Mestre em Linguística Aplicada pela UnB, onde também se graduou em em Letras - Português do Brasil Como Segunda Língua e Letras - Língua Inglesa.

  • Moema Dourado transforma reflexão analítica sobre a infância em exposição de arte

    Em visitação no Espaço Niemeyer, obras da psicóloga e analista junguiana traduz em imagens universo simbólico. (com informações da Assessoria de Imprensa) Do consultório para o ateliê. Da leitura e reflexão para a forma física. De dentro para fora. Da psicologia para a arte. A partir de um profundo mergulho em si mesma, uma psicóloga e analista Junguiana abre espaço para que sua identidade de artista visual se manifeste, “tratando” com formas e movimento as feridas emocionais, em especial as contidas nas memórias da infância, incluindo as transgeracionais e coletivas. Esta é a proposta de Moema Dourado para sua primeira exposição individual “Oratórios de Mim”, que tem curadoria de Rogério Carvalho. Com vernissage aberta ao público em 08 de junho, a exposição poderá ser visitada, gratuitamente, até 28 de junho no Espaço Oscar Niemeyer. “Explorei a construção de nichos, relicários e espaços por meio de objetos que acolhem e transformam vivências emocionais difíceis. Quando encaramos nossas dores com profundidade não voltamos de mãos vazias. Ao contrário, podemos sair engrandecidos. Nesse sentido, minha experiência com a psicologia contribuiu sobremaneira para essa pesquisa, já que abordo na exposição a complexidade da subjetividade humana”, afirma Moema. Seus processos psíquicos desaguaram em obras que remetem ao acolhimento da criança interior e contam histórias a partir da presença de um feminino, ora abandonador, ora protetor. Valendo-se de diversas linguagens, como escultura, desenho, pintura, fotografia, colagem, objeto, vídeo e instalação, ela apresenta 20 obras que contam histórias através das marcas do tempo, impressas por acontecimentos e vivências emocionais. Dentre os destaques da exposição estão os tótens, objetos, originalmente, vinculados a experiências sagradas em diversas culturas. Os totens foram feitos com dormentes de trem, peças em madeira bruta que estavam dispostas horizontalmente em sua vida útil. Emblematicamente, na obra de Moema, os dormentes se erguem verticalmente, impondo-se, e não mais servindo. Para o curador Rogério Carvalho, a arte de Moema é um meio para uma experiência complexa. “A Exposição é um convite para uma viagem introspectiva, um reconhecimento das feridas e uma celebração da capacidade humana de encontrar beleza e significado mesmo nos momentos mais desafiadores. Aqui, cada obra é um espelho e um refúgio, onde a história se entrelaça com o universo do observador, revelando a universalidade das lutas e das esperanças humanas”. A influência da figura feminina de proteção é marcante na mostra. Moema se inspirou em uma tia costureira muito católica, que povoou o imaginário de sua infância com santos, graça, linhas e amor. A partir de memórias afetivas e lúdicas, chegou a uma estética simbólica com ícones do catolicismo, como os ex-votos, bustos relicários, oratórios de convento e museus de arte sacra. Tais elementos sugerem uma aproximação do sagrado e aludem à integração entre matéria e espírito. “Minha mensagem é para que os visitantes olhem para seus oratórios através dos meus. Desejo que encontrem e valorizem suas relíquias individuais, que são ao mesmo tempo parte de um todo”. Faces de uma mesma mulher Psicóloga há mais de 20 anos e analista Junguiana em Brasília, Moema é membro-analista do Instituto Junguiano de Brasília, da Associação Junguiana do Brasil e da Internacional Association for Analytical Psichology. Antes de atuar na área, formou-se em Artes Visuais pela UnB; estudou escultura com Israel Kislansky, encontrando grande afinidade com esta modalidade artística, e aperfeiçoou sua pintura com Bisser Nai. Sua dedicação às artes, porém, sempre se deu na esfera privada, ficando a psicologia, na pública. Até o romper da pandemia... Este momento crucial para a humanidade despertou em muitas pessoas desejos latentes. Ou, no caso de Moema, a vontade de extravasar algo que, pelo menos, não era tão evidente aos olhos externos: sua verve artística. Mas ela esclarece que a exposição não simboliza um rito de passagem, e sim um encontro de duas paixões. “Recentemente, escrevi o livro ‘Jung, arte e imagem: um entrelace vital’, que trata da relação intrínseca das Artes Visuais com o desenvolvimento da Psicologia Analítica Junguiana. Trilhar os caminhos dessa exposição me deu a chance de abrir espaço para a artista, o que me faz bastante viva e me torna ainda mais profunda enquanto analista. Acho que essa exposição apresenta e honra ‘minha artista’, um lado que também é meu”, explica. Depois de fazer um acompanhamento crítico com o curador Rogério Carvalho, pela primeira vez expôs coletivamente e iniciou a pesquisa que ergueu “Oratórios de Mim”. Sobre a escolha do Espaço Oscar Niemeyer Moema escolheu o espaço, especificamente, para abrigar sua exposição. Em seu salão principal, o formato circular convida o visitante a caminhar em círculo, o que traz, simbolicamente, o movimento sagrado de circum-ambulação. Este termo é utilizado em várias tradições religiosas e espirituais para o ato de mover-se em torno do objeto ou local sagrado, num gesto de adoração e respeito. Outro aspecto representativo do local, que converge com a temática da exposição, está no caráter escultórico que Niemeyer confere à sua arquitetura. No caso do formato dessa construção, ela, aos olhos da artista, pode remeter às pequenas caixas circulares/ovais dos relicários de convento que abrigam relíquias. A exposição “Oratórios de Mim” conta com o apoio do Espaço Oscar Niemeyer e da Secretaria de Cultura e Economia do Distrito Federal do Governo do Distrito Federal. Serviço: Oratórios de MimDe 08 a 28 de junhoVernissage: 08 de junho, a partir das 19 horasDias e horários de visitação:De terça a sexta, das 9h às 18hDe sábado e domingo, das 9h às 17hEspaço Oscar NiemeyerIndicação etária: a partir de 16 anosEntrada franca

  • Prêmio Profissionais da Música reabre inscrições, que vão até 7 de julho de 2024

    Organizadores do PPM resolveram suspender as inscrições para ajudar o Rio Grande do Sul, que é tradicionalmente o terceiro estado em número de inscrições. (Por Jamila Gontijo, com informações da assessoria) Por força da tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul, a organização do Prêmio Profissionais da Música (PPM) suspendeu, em 12 de maio, as inscrições para a sua 8ª edição. Os organizadores do evento tomaram a iniciativa de paralizar as inscrições e ajudar ações e campanhas coletivas visando a coleta de bens e recursos para três coletivos gaúchos envolvidos com o setor cultural e, de forma mais abragente, dar apoio a profissionais da música daquele estado. O Rio Grande do Sul é o terceiro estado com maior número de inscrições nas edições do PPM. Importante: Para se inscrever, é necessário fazer antes o cadastro. E quem já havia se cadastrado e se inscrito não precisa refazer ou se preocupar. COMO se CADASTRAR? Neste link: https://www.youtube.com/watch?v=YIw2oiEB4sY COMO se INSCREVER? Neste link: https://www.youtube.com/watch?v=WkFWElqSi5U O Prêmio Profissionais da Música é o primeiro do país a receber o selo do ECAD pela valorização dos criadores e todos que vivem de música

  • Pablo Vares faz apresentação única no Clube do Choro nesta sexta 7

    Músico uruguaio radicado no Brasil volta a Brasília com show que apresenta uma mistura inventiva que vai do live looping às técnicas clássicas do violão flamenco (Foto: Isa Baup) (Por Jamila Gontijo com colaboração de Mada Oliveira) O flamenco ganha toques contemporâneos e multiculturais pelas mãos do musicista e compositor Pablo Vares, uruguaio radicado Brasil desde 2012 que já tocou com a banda Blitz, fez espetáculos com Letícia Spiller e se apresentou em programas como “Caldeirão do Huck”, “Caldeirão com Mion”, “Encontros com a Fátima Bernardes”, “Dancing Brasil” e “Você na TV!” em Portugal. Vares já foi artista de rua, flertou com o teatro e entrou para o main stream sem perder o DNA inventivo. Seu trabalho com o flamenco ganha elementos contemporâneos, como o live looping e essa combinação entre tecnologia e tradição, entre pop e música étnica é a marca do artista. O trabalho do violinista flamenco no Brasil inclui apresentações com mais de quinze escolas e companhias de dança flamenca com as quais fez turnê e recebeu indicação ao prêmio Açorianos por melhor trilha sonora. Pablo Vares já se apresentou em Brasília na Galeria Mundo Vivo, e agora retorna em apresentação única no Clube do Choro, nesta sexta 07 de junho às 20h30. Em seguida, o artista segue em turnê com apresentações no nosso Planalto Central, em Alto Paraíso (GO) e Goiânia (GO). O show terá transmissão ao vivo (com ingresso virtual a R$5) por aqui. SERVIÇO: Show de Pablo Vares Onde: Clube do Choro de Brasília @clubedochoro Hora: 20h30

  • Melhores atrações culturais de Brasília em junho: festivais de música, exposições de arte, teatro, dança, eventos ao ar livre e muito mais

    Confira a Curadoria Cultural da Sarah Paes com o melhor da cidade, incluindo eventos gratuitos Museu de Arte de Brasília tem exposiçãod de arte digital e programação gratuita Sarah Paes Brasília, além de ser o centro do poder político, é uma cidade que respira cultura e diversidade. No mês de junho, a capital federal oferece uma programação cultural rica e variada, capaz de encantar moradores e visitantes de todas as idades. De shows a exposições, de festivais a eventos ao ar livre, nossa curadoria cultural para junho destaca o melhor que Brasília tem a oferecer. Neste mês, a cidade se transforma em um verdadeiro palco a céu aberto, com atrações que refletem sua identidade única e seu vibrante mosaico cultural. Se você está procurando inspiração artística, entretenimento de qualidade ou apenas um bom motivo para sair de casa e explorar a cidade, confira as principais atrações que selecionamos para você. A partir deste mês, a jornalista Sarah Paes passa a integrar o time do Portal Brasília News, trazendo sua experiência e paixão pela cultura brasiliense. Dentre os assuntos que ela abordará, Sarah se dedicará a fazer uma agenda cultural mensal com eventos que ela mesma gostaria de ir, tentando privilegiar eventos gratuitos ou com valores mais acessíveis, garantindo que todos possam desfrutar do melhor que Brasília tem a oferecer. Festivais de música: sons de todos os cantos Junho começa em grande estilo com o Festival Música​ Transforma, um​ ​festival​ ​de​ ​música​ ​instrumental​ ​que reúne artistas locais e nacionais em apresentações que acontecem em duas etapas. ​A​ ​primeira é focada na democratização do acesso e consolidação da música instrumental como parte da rotina cultural da cidade com shows gratuitos e descentralizados, espalhados por diversas casas de show e bares que trabalham com música ao vivo na cidade. A segunda, denominada Transformando Vidas, é composta por ações da música como ferramenta social, como a musicalização para crianças e jovens, e apresentações em hospitais e lares para idosos e crianças. No Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), está prevista a realização do Superjazz Festival, de 12/06 a 24/07, e do Fest Drag 2024, de 27/06 a 30/06. Exposições de Arte: Olhares Contemporâneos Para os amantes das artes visuais, o Museu Nacional da República apresenta a exposição fotográfica do fotojornalista italiano Uliano Lucas “Revoluções – Guiné-Bissau, Angola e Portugal (1969-1974)”. Uliano dedicou sua carreira e vida a registrar momentos históricos na construção da democracia em vários países ao redor do mundo. Nesta exposição podemos acompanhar seu olhar nos processos de descolonização e transformação de países como Guiné Bissau e Angola, assim como os aspectos cotidianos de Portugal no final da ditadura e na celebração da liberdade em 1974. 📆 de 14 de maio a 07 de julho 📍Museu Nacional da República | Entrada franca/livre Confira outras exposições disponíveis no local que está aberto para visitação de terça-feira a domingo das 9H às 18H30. Gisela Colón | Matéria Prima — Curadoria Simon Watson e Sara Seilert ATÉ DOMINGO — 2 JUN | Galeria 1 Aos Ventos Que Hão De Vir — Lugar, espaço e território no acervo do MuN — Curadoria de Fernanda Lopes 15 DEZ — 16 JUN | Mezanino Zimar | Centro Cultural Vale Maranhão — Curadoria de Jandir Gonçalves, Sergileide Lima e Reinilda Oliveira 7 MAR — 9 JUN | Anexo Externo Revoluções — Fotografias de Uliano Lucas — Curadoria Elisa Alberani, Miguel Cardina e Vincenzo Russo 14 MAI — 7 JUL | Galeria 2 Osvaldo Orias — Cintilâncias — Curadoria Carlos Lin 18 MAI — 7 JUL | Galeria 3 O Museu de Arte de Brasília está exibindo a exposição DIGITAL AFRICA 2024, em comemoração à Semana da União Africana até o dia 5/06. O horário de visitação é das 10h às 19h, todos os dias, exceto terça-feira. No Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), a exposição “Tesouros Ancestrais do Peru” permanece no local até o dia 11 de agosto e a exposição “Hiromi Nakagura até a Amazônia com Ailton krenak” começa a ser exibida de 11/06 a 18/08. O local ainda conta a apresentação teatral “Bruzundangas” em cartaz até o dia 23/06. A entrada para as exposições são gratuitas. No SESI Lab, além da exposição permanente em que os visitantes podem aguçar os cinco sentidos, no dia 19 de junho começa a nova exposição temporária alinhada ao novo tema anual do museu: bioeconomia e biodiversidade. O local funciona de terça a sexta, das 9h às 18h (entrada até as 17h). Sábados e domingos, das 10h às 19h (entrada até às 18h). A entrada custa R$20 (inteira) e R$10 (meia). Dicas de ingressos gratuitos para festas Para os que gostam de se programar para sair e ainda gastar pouco é possível ficar de olho na programação da cidade com a possibilidade de adquirir cortesias gratuitas para festas e shows. Eventos em casas de festa como a Externa e a Lobby, no setor comercial sul, e a Birosca, no Conic, geralmente distribuem cortesias para os primeiros que conseguirem pegar os ingressos. Vale a pena ficar de olho nos avisos das redes sociais e em grupos de divulgação e descontos como o Benefícios VIP (https://www.instagram.com/beneficiosvip/ ) e o Divulga Maiz Brazil (https://www.instagram.com/divulgamaizbrazil/). Com uma programação tão diversa e rica, junho promete ser um mês inesquecível para quem vive em Brasília ou está de passagem pela cidade. Acompanhe o Portal Brasília News para mais detalhes e atualizações sobre os eventos culturais deste mês e prepare-se para desfrutar o melhor da capital federal. Confira o que já está na agenda de junho: Agenda de rolês | Junho

  • Legado Natiruts: banda brasiliense encerra carreira deixando uma marca na identidade cultural de Brasília

    Letras do Natiruts traduziram estilo de vida brasiliense falando de vida lacustre e conexão com a natureza Natiruts nos tempos de reggae raiz (Por Jamila Gontijo) Depois que Legião Urbana, Capital Inicial e Raimundos se firmaram como ícones do rock nacional e levaram a cena musical de Brasília para o mundo, o que mais poderíamos esperar de quem faz música na Capital Federal? Viramos a capital do rock a partir dos anos de 1980 e tínhamos orgulho disso. Nas décadas seguintes, outras bandas de rock engrossaram o caldo musical de Brasília e também fizeram bonito, desde Little Quail and the Mad Birds, Rumbora, Oz, Os Cabelo Duro e tantas outras que atualmente eu nem consigo listar. Sem falar no hip-hop do DF, que viu nascer estrelas como Câmbio Negro, e a cena de música eletrônica, que é um capítulo a parte e tem sua história própria. E então, quando o século virou de XX para XXI e o apocalipse anunciado nas terras da Chapada dos Veadeiros não se concretizou, uma nova onda musical marcou a cena de Brasília: o reggae cerratense, personificado pelo grupo Natiruts, antes Nativus e sempre brasiliense de corpo e alma. O ano era 2003 e eu era assessora de imprensa do Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros. Pelas ruas de São Jorge uma trilha sonora reinava e os turistas com bermuda de tactel, chinelo e regata cantavam em coro: “eu sou surfista do Lago Paranoá!”. Eu ainda guardo o CD que me apresentou ao Natiruts como uma relíquia dos tempos em que o reggae de Brasília traduzia os sonhos da juventude e indicava que a nova geração brasiliense tinha uma forte conexão com a natureza, com os esportes, a vida lacustre e a espiritualidade. As aulas lotadas do Centro Olímpico da Universidade de Brasília, onde o Natiruts também era a trilha dominante, só confirmavam a vocação da juventude da cidade: praticar esportes como o polo aquático e capoeira. Naquele tempo em que a gente lamentava que “o Hawaii não é aqui, que o mar está longe daqui..”, a turma seguia a rima do Natiruts “mas pra quê que eu quero o mar, se eu tenho o lago pra mim?” e se reunia para pedalar e se aproximar do Lago Paranoá para nadar, praticar caiaque, remo e posteriormente esportes mais radicais que hoje dominam as águas “paranoaenses”, repletas de praticantes profissionais e amadores. Natiruts traduziu tudo isso nas letras de suas músicas com uma naturalidade que só a genialidade musical traz. Mas as letras não eram só para promover a bandeira do Movimento dos Sem Praia (que já fez encontro na orla do Lago Paranoá, nos anos 2000). Os versos musicados do Natiruts também falam das desigualdades sociais tão gritantes em Brasília e no Brasil ( “pra ver se esqueço da pobreza e violência, que deixa o meu povo infeliz, na icônica música Presente de um Beija-Flor). E claro, as canções de amor com uma perspectiva espiritualizada embalaram muitos encontros e desencontros entre brasilienses e brasileiros, gente de todas as tribos e nacionalidades, com mensagens de amor tão singelas como “Eu 'tô cansado de sofrer, quero dançar sentir calor e poder só olhar o universo em torno de você. Brilhando em vida, sorrindo à toa, só vibrando amor e paz. Sinto a noite, penso em você, lembro como é bom amar”, da música Sorri, Sou Rei”. A banda Natiruts encerra a carreira nos palcos, depois de mais de duas décadas, e deixa um legado musical que traduziu um estilo de vida de Brasília, cidade que  encontrou no Lago Paranoá, na vida lacustre, nas práticas esportivas e no contato com a natureza um dos pontos fortes de sua identidade cultural diversa e única.

  • Natiruts faz show de despedida em Brasília, parte da turnê Leve com Você

    Com quase 30 anos de carreira, a banda nascida em Brasília encerra seu ciclo musical e já deixa os fãs com saudades, como conta Julia Mesquita na coluna #ArteporTodaParte (Foto de divulgação da banda Natiruts) (por Júlia Mesquita, da coluna #ArteporTodaParte) Nascida em Brasília no final dos anos 90, Natiruts já foi Nativus, mas precisou ser rebatizada por causa de uma banda catarinense de música nativista que já levava esse nome. A troca de nome não comprometeu a autenticidade da banda de Brasília, que levou o reggae brasiliense para o mundo todo, e cujo DNA tem a cara da Capital Federal, seja na conexão com a natureza ou com a água, seja do mar ou do lago Paranoá. O Natiruts foi criado como uma brincadeira entre amigos que frequentavam os mesmos lugares de Brasília. Por volta de 1994, Alexandre e Juninho tocavam violão e bongô nas festas de amigos. As coisas começaram a ficar mais sérias quando  Alexandre, vocalista que era estudante de computação na Universidade de Brasília, conheceu Luís e Bruno no time de futebol da UnB. Logo depois, juntaram-se à banda André Carneiro e Izabella. O primeiro disco da banda trouxe o reggae raiz e os trabalhos posteriores foram ganhando influência da música brasileira. Quando ainda se chamava Nativus, o grupo vendeu 40 mil discos independentes com o sucesso "Presente de Um Beija-Flor", até ser contratada pela EMI. A nova edição do disco, Nativus, vendeu 450 mil cópias. O segundo disco, Povo Brasileiro, foi produzido por Liminha e, como o reggae de Bob Marley, tem músicas com mensagens de alto teor político, como "Proteja-Se e Lute" e "Povo Brasileiro". Em dezembro de 2023, Natiruts encerrou o ano com um último show em Fortaleza. Logo após, em 26 de fevereiro de 2024, a banda anunciou a turnê de despedida "Leve Com Você" . O grupo liderado pelo vocalista Alexandre Carlo vai encerrar a carreira musical de quase três décadas com 20 shows pelo Brasil e o nome da turnê final é um tributo ao single lançado pela banda em 2002. Em um vídeo poético nas redes sociais, o Natiruts disse acreditar que já cumpriu sua missão: “Entregamos pra vocês um beija-flor que voou pelo mundo por três décadas beijando a casa e o coração de todas as pessoas.” E completa: “Como o ciclo da natureza, essa é a condição da nossa existência: nascer, crescer, dar bons frutos, alimentar e renascer. Agora chegou a hora de renascer de outras formas, de começar um novo ciclo”. O grupo que bradou por “Liberdade para dentro da cabeça” se junta ao time das bandas que fizeram história e agora decidiram exercer a própria liberdade de traçar novos caminhos. Natiruts marcou o reggae brasileiro e, depois de 28 anos de estrada, se prepara para uma despedida. Como grande fã da banda, o coração fica imensamente grato por Natiruts ter feito parte da minha vida como um todo, ensinando sobre a liberdade e por mais que o amor seja difícil, querer aprender e continuar. Natiruts trouxe a leveza para nossos corações, banda que marcou do inicio ao fim. Eu já estou com meus ingressos de despedida garantidos! Músicas Mais Famosas Natiruts tem um repertório repleto de sucessos, aqui estão algumas das músicas mais famosas da banda: “Liberdade pra Dentro da Cabeça” Um dos marcos iniciais do sucesso da banda. A música é um hino à busca pela paz interior e pela liberdade de pensamento. Sua letra sugere uma jornada de autoconhecimento e desapego, onde o que não serve mais é descartado, permitindo que o indivíduo encontre a verdadeira liberdade e paz que sua alma anseia. O refrão repetitivo “Liberdade pra dentro da cabeça” enfatiza a ideia de que a liberdade verdadeira começa dentro de nós mesmos, em nossa mente e coração, antes de se manifestar no mundo exterior. A música também toca na importância de estar em harmonia com a natureza, que pode ser uma mestra, ensinando sobre as coisas que vêm do coração e a constante transformação da vida. “Andei Só” Com uma pegada mais romântica, foi lançada em 2001 e também é um grande sucesso no repertório da banda. “Quero Ser Feliz Também” Uma canção que transmite positividade e busca pela felicidade. “Sorri, Sou Rei” Nessa canção, Natiruts combina temas românticos com uma filosofia de vida positiva. Apesar das adversidades e do sofrimento que o amor pode causar, a mensagem é clara: é importante se manter aberto às possibilidades, dançar, sentir o calor e olhar o universo ao redor. “Natiruts Reggae Power” Uma das músicas que representa a essência do reggae de raiz da banda. Confira as datas da turnê: De acordo com o site da Eventim, as vendas para a turnê “Leve Com Você” estão abertas desde o dia 27 de fevereiro. Com 20 datas confirmadas pelo Brasil, confira: 8 de junho – Brasília – Arena BRB Mané Garrincha 15 de junho – Rio de Janeiro – Jockey Club 22 de junho – Juiz de Fora – Estacionamento Estádio Municipal 6 de julho – Fortaleza – Iguatemi Hall 13 de julho – Natal – Arena das Dunas 20 de julho – João Pessoa – Domus Hall 27 de julho – Recife – Classic Hall 3 de agosto – Porto Alegre – Espaço D’Areia 11 de agosto – Florianópolis – Arena Opus 24 de agosto – Belo Horizonte – Arena da Independência 31 de agosto – São Paulo – Allianz Parque 7 de setembro – Salvador – Arena Fonte Nova 14 de setembro – Vitória – Praça do Papa 21 de setembro – Aracaju – Centro de Convenções AM Malls Sergipe 28 de setembro – Teresina – Arena Praia de Verão Teresina Shopping 12 de outubro – Ribeirão Preto – Estádio Comercial 19 de outubro – Manaus – Studio 5 (Mais informações no site do artista) 2 de novembro – Curitiba – Pedreira Paulo Leminski 7 de dezembro – Belém – Espaço Náutico Marine Club

  • O Mágico "O Teatro Mágico" na turnê "Histórias para Cantar"

    Show em Brasília da banda paulista que carrega elementos do circo e teatro emociona a fã de carteirinha, colunista do #BoraViverBsB, Mada Oliveira (Por Mada Oliveira) (Foto por Mada Oliveira) Hoje vai ser muito mais fácil falar de uma banda, ainda mais quando se trata da banda da sua vida, "O Teatro Mágico". Na noite de sexta-feira, dia 31, no auditório do Lá Salle, vivi mais uma noite daquelas que ficará para sempre na minha memória. Uma banda que acompanho a mais de 12 anos, da qual sou fã de carteirinha, e posso provar. Vou contar aqui um episódio. Em 2023, Fernando Anitelli (vocalista da banda), lançou a turnê "Luzente". Lá estava eu em Porto Alegre e vi que o primeiro show da turnê seria em Curitiba. Não tive a menor dúvida: fui lá, comprei passagem e reservei o hotel. Que noite! Mais uma daquelas que ficará registrada no coração. Quando soube da nova turnê de 2024, lá foi a Mada novamente, adquirir logo o ingresso na primeira fila, claro. Casa lotada na noite de uma sexta-feira que era apenas para ser mais um show em Brasília, mas foi muito mais, foi inacreditável! Estavam ali gerações reunidas: crianças, adultos, terceira idade. Todos cantando "Ana e o Mar"! Fanitelli pelas lentes de Mada Oliveira Ao final do show, uma fila enorme se formou do lado de fora para a sessão de fotos com Fanitelli. A lojinha bombava com as vendas dos itens da banda. Claro que garanti minha caneca para o café de todo o dia rss. Sobre a banda: O Teatro Mágico (OTM) é um grupo musical brasileiro criado em 2003 pelo músico e compositor Fernando Anitelli, na Cidade de Osasco em São Paulo, com uma estética própria. Nas apresentações, mistura canções com elementos que remetem ao circo, aos saraus, o teatro e as performances contemporâneas de dança, tanto no solo, quanto aéreas. A proposta do Teatro Mágico é possibilitar a descoberta de cada um em si mesmo e no outro. A intenção é unificar palco e plateia, artista e público, tudo em uma coisa só, como já declarou Anitelli, vocalista e criador do projeto. Fica aqui um recadinho para os loucos pela banda. "Fanitelli" anunciou que em setembro fará um show com a trupe completa em São Paulo para os fãs como eu. Saiba mais sobre a turnê de 2024 em @oteatromagico

  • Arte por Toda Parte: nova colunista estreia no Brasília News

    Brasiliense ligada à cena de Artes Visuais da cidade promete levar os leitores para galerias, exposições e espaços culturais A nova geração brasiliense espelha o caldeirão multicultural da cidade. A diversidade é apreciada pelos jovens que nasceram e cresceram ouvindo os diversos sotaques do Brasil se misturarem por aqui. Com essa visão artística e miscigenada, chega ao portal Brasília News a nova colunista, Júlia Mesquita, que promete levar os leitores para passear em cafés, espaços de fruição de artes, galerias e exposições. Júlia é estudante de jornalismo e tem preferência pela editoria de cultura. A coluna Arte por Toda Parte tem foco nas artes visuais, mas também vai falar sobre música . A primeira reportagem de Júlia será sobre uma banda brasiliense que é cara de Brasília. O Brasília News fica mais diverso e cheio de energia!

  • #BoraviverBsb: nova coluna do Brasília News

    Com dicas com sobre a agenda de cultura e esportes, a relações públicas e atleta Mada Oliveira é a nova integrante do Brasília News Uma eletrizante chegada, com pódios de cultura e esportes, bem-estar e tudo de bom que Brasília tem para oferecer. É o que promete a coluna BoraViverBsB, da gaúcha mais candanga da cidade, Mada Oliveira. A nova colunista estreia nesta sexta 08 de março, trazendo dicas, reportagens e entrevistas com personagens, empreendedores e figuras que movimentam a Capital Federal. Uma bela forma de marcar o Dia Internacional da Mulher no Brasília News! Madalena Oliveira, gaúcha de Porto Alegre, mora desde 2002 em Brasília, cidade de arrebatou seu coração. É RP, com Especialização em Gestão de Pessoas. Aliás, Mada gosta de gente, de interação e de movimento. Já trabalhou na Rádio Transamerica no programa “Cerrado Adventure” ao vivo 2 vezes por semana, dando dicas de esporte e lazer na Capital Federal. "Amante da vida" como ela gosta de falar. Então Bora Viver Brasília?

  • Filhos e redes sociais: impacto na saúde mental vira caso de justiça nos EUA

    Genitores culpam empresas pelos danos causados, mas o que podemos fazer para proteger nossos filhos? A coluna Fatos e Afetos traz 3 dicas equilibrar o uso das redes sociais na infância e adolescência Jamila Gontijo, para a coluna Fatos e Afetos    O dilema das redes para crianças e adolescentes As redes sociais, essa maravilhosa terra de ninguém criada na Era Digital, que aproxima os distantes e distancia os próximos, vai a cada dia revelando seus efeitos negativos. E nós, humanos analógicos, corremos para remediar os efeitos dessa Era ao invés de antecipar, com políticas públicas e educação, um caminho para aproveitar o maravilhoso mundo digital sem implodir a já delicada saúde mental – principalmente dos humanos em formação. Nos Estados Unidos parece que o jogo está virando, por bem ou por mal.  Dezenas de genitores nos Estados Unidos estão processando empresas donas de redes sociais por supostos "danos físicos, mentais ou emocionais" sofridos por crianças e adolescentes ao usar essas plataformas. Segundo informações da imprensa nacional e internacional, ações foram movidas contra a Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, e a Snap, dona do Snapchat. Processos de outras famílias também têm como alvo o Google, que administra o YouTube, e a ByteDance, que cuida do  TikTok . As ações alegam que a "crise de saúde mental sem precedentes entre as crianças" é alimentada pelos produtos "defeituosos", "viciantes" e "perigosos" dessas empresas. O objetivo é suspender práticas apontadas como prejudiciais e, em muitos casos, envolvem pedidos de indenizações. As empresas rejeitam as alegações e  se defendem dizendo que implementam e atualizam ferramentas e recursos para proteger crianças e adolescentes em suas plataformas – o que está sendo insuficiente na visão dos pais norte-americanos. Os efeitos negativos das redes sociais na saúde mental dos adolescente é uma preocupação nos EUA, cujo porta-voz do governo para saúde pública já fez  declarações públicas reconhecendo que as redes tem benefícios, mas também trazem riscos. Como tudo na vida real, há luz e sombra nos domínios digitais  - só não sabemos ainda os limites luminosos e sombrios. Pesquisas recentes não oferecem evidências conclusivas, e a própria Associação Americana de Psicologia afirma que "o uso de redes sociais não é inerentemente benéfico ou prejudicial para os jovens". Embora seja necessário apresentar dados consistentes para embasar a adoção de regulamentação e políticas públicas para qualquer segmento social, qualquer genitor com filhos na idade escolar sabe que o uso de redes sociais por seus filhos não é inócuo. Nem mesmo os jogos digitais ou a simples navegação por ferramentas de pesquisa pode ser livre de monitoramento parental porque oferecem sérios riscos para a segurança. Basta um pouquinho de realidade empírica para confirmar isso. Por um lado, não podemos criar indivíduos alienados do mundo digital, que faz parte da realidade social das crianças e adolescentes. No entanto, ainda não temos respostas sobre como administrar de forma saudável o uso destas tecnologias. Há uma lacuna entre o avanço digital e como a sociedade organiza estas novas realidades, conhecendo seus efeitos negativos. Parte deste abismo entre estímulo e resposta vem dos interesses privados das grandes empresas que controlam essas ferramentas que impactaram nossos costumes e crenças. Enquanto não encontramos soluções coletivas e regulatórias, podemos adotar individualmente medidas simples que podem fazer a diferença positiva no trato das redes sociais e o uso por nossos filhos. Para isso, trago 3 dicas:   Pic-ni c no bistro Bom Demais, do Jardim Botânico: passeios ao ar livre para sair das redes. Foto: Jamila Gontijo   1.    Manter o diálogo   Parece óbvio, mas não é. Falar sobre o uso da internet com nossos filhos mostrando os riscos e os efeitos negativos é uma maneira de esclarecer porque precisamos de limites de navegação. Mostrar que as regras ainda estão sendo formuladas e que, enquanto isso, é o bom senso familiar que deve prevalecer faz com que a criança/adolescente seja convidado a fazer parte da solução. Ouvir o que ele pensa das redes sociais e da internet é uma boa estratégia para criar conexão sobre o assunto.   2.    Estabelecer limites claros e inegociáveis Temos regras para várias dinâmicas familiares, como trabalho doméstico, gastos e comportamentos dentro e fora de casa. Com a internet não é diferente. Criar regras claras sobre tempo de uso, limites de navegação, idade para começar a usar algum aparelho tecnológico traz clareza para a negociação  e com isso aumenta o engajamento dos filhos. Crianças e adolescentes gostam de entender porque as regras são feitas, mesmo que não verbalizem isso.  Explicar porque tomamos certas medidas indica respeito e demonstra que o poder de decisão dos pais não é feito de forma aleatória. O principal é manter as regras estabelecidas, sem cair na tentação de liberar acesso a jogos ou internet para manter a criança distraída quando for conveniente.   3.    Fazer passeios em família ao ar livre   O consumo de internet e redes sociais tem um efeito secundário: enquanto navegamos estamos nos distraindo com conteúdos externos, feitos por alguém e que possuem um alto poder de estimular nossa mente. Tudo isso nos aproxima “dos outros” e nos afasta de nós mesmos. O tempo sozinho, em silêncio, com espaço para ouvir o mundo interno é fundamental para a saúde mental, mas é um hábito que está sendo eliminado do nosso cotidiano. Passear e praticar esportes, caminhar em parques ou ar livre é o melhor antídoto para essa fuga de si, em busca da distração externa. Criar uma rotina de fazer esses passeios em família é um recurso eficiente para cultivas outros estímulos como ficar em silêncio, observar a natureza e praticar a presença corporal. Em Brasília não faltam opções para esses passeios. Temos o Jardim Botânico, o Parque da Cidade e o Parque Olhos d`Água, por exemplo, que podem virar também ponto de encontro com amigos.  Que tal praticar?

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