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Interdição do IBRAM provoca fechamento do Brooklyn

Espaço de cultura e economia criativa vai mudar de endereço e alega perseguição


Brooklyn funcionou na 706/707 norte desde janeiro de 2020

O Brooklyn já nasceu sendo desafiado: inaugurou suas atividades em janeiro de 2020, pouco antes da pandemia. Enfrentou a tormenta econômica e social dos lock downs e se manteve firme na cena cultural da cidade até que foi forçado a fechar as portas, há poucos dias. O motivo: uma interdição total das atividades determinada pelo IBRAM (Instituto Brasília Ambiental) com a justificativa de que o espaço estava fazendo barulho – emissão sonora – acima do que é permitido.


Segundo o produtor cultural e empresário Chicco Aquino, proprietário do Brooklyn, o fechamento tem motivações privadas. “Sofremos denúncias recorrentes feitas por um estabelecimento vizinho” – afirmou Aquino, em entrevista ao Portal Brasilia News. A perseguição teria começado por causa da área lateral ao Brooklyn, na qual o estabelecimento investiu recursos, ocupou com arte sem interditar o fluxo para pedestres.


A chegada do Brooklyn também trouxe mais segurança para o local, tendo em vista que a região das 700 norte é conhecida pela ocupação precária e erma. “Conseguimos trazer uma programação cultural riquíssima, além de reunir marcas da economia criativa local” – pontuou Aquino, que explicou ainda que foram feitas denúncias recorrentes ao IBRAM até culminar na notificação de interdição total. O Brooklyn recorreu, mas o pedido foi negado.

Agora o estabelecimento está avaliando o impacto do fechamento da empresa e já está decidido: vão mudar de endereço, ao invés de encampar uma briga judicial que traz desgaste, mais custos ainda para um setor produtivo que já é constantemente desafiado a continuar funcionando. A cidade também perde, ao ver um espaço que já era frequentado por artistas e apreciadores da cultura local fechar as portas.






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