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136 resultados encontrados para ""

  • Saudades do Brasil

    Uma prosa poética sobre a imagem do Brasil pelo artista plástico Tiago Botelho Todo dia, quando volto para casa, me deparo com uma bandeira do Brasil pregada na janela de um prédio. É daquelas bandeiras desbotadas, cujo globo ficou lilás e o verde está mais para um abacate do que para uma floresta. Bem metafórico da nossa realidade. Hoje, mirei a bandeira e senti saudades dos tempos em que o Brasil se afigurava como o país do futuro, e podíamos ostentar nossas cores sem sermos confundidos com facções políticas de viés reacionário. Mais que isso, senti saudade do meu próprio amor pelo Brasil, tão castigado pelos tantos acontecimentos trágicos desses anos pandêmicos e bolsonaristas. Procuro sempre me imbuir de esperança e boa fé, mas é difícil lutar contra esse sentimento de uma perda irreparável - e me refiro sobretudo ao campo das ideias, no contexto da criatividade artística e do exercício cotidiano da cidadania. Fazer arte em um país que retrocedeu a ponto de precisarmos gritar em defesa do óbvio todo santo dia é uma tarefa árdua. Já não há mais predisposição ao encanto, e o pouco que resta acaba se tornando um privilégio quase vergonhoso diante de situações infinitamente mais graves, de pessoas violentadas naquilo que deveria ser um direito de todos, independente da classe, do gênero ou da etnia. Nosso país se tornou um circo de horrores. A barbárie encontrou legitimidade no âmago das instituições. Polícias e Ministérios articulam-se a favor da bandidagem. É juíza menosprezando estupro de criança, é PF acobertando assassinato de indigenista, é presidente fazendo motociata fascista enquanto o povo briga por ossos na passagem do caminhão de lixo. Que pesadelo! São tantos fatores atacando nossa capacidade de sonhar destinos triunfantes, que se manter positivo é uma questão de sanidade mental, mesmo através da nostalgia do que um dia já fomos.

  • Interdição do IBRAM provoca fechamento do Brooklyn

    Espaço de cultura e economia criativa vai mudar de endereço e alega perseguição O Brooklyn já nasceu sendo desafiado: inaugurou suas atividades em janeiro de 2020, pouco antes da pandemia. Enfrentou a tormenta econômica e social dos lock downs e se manteve firme na cena cultural da cidade até que foi forçado a fechar as portas, há poucos dias. O motivo: uma interdição total das atividades determinada pelo IBRAM (Instituto Brasília Ambiental) com a justificativa de que o espaço estava fazendo barulho – emissão sonora – acima do que é permitido. Segundo o produtor cultural e empresário Chicco Aquino, proprietário do Brooklyn, o fechamento tem motivações privadas. “Sofremos denúncias recorrentes feitas por um estabelecimento vizinho” – afirmou Aquino, em entrevista ao Portal Brasilia News. A perseguição teria começado por causa da área lateral ao Brooklyn, na qual o estabelecimento investiu recursos, ocupou com arte sem interditar o fluxo para pedestres. A chegada do Brooklyn também trouxe mais segurança para o local, tendo em vista que a região das 700 norte é conhecida pela ocupação precária e erma. “Conseguimos trazer uma programação cultural riquíssima, além de reunir marcas da economia criativa local” – pontuou Aquino, que explicou ainda que foram feitas denúncias recorrentes ao IBRAM até culminar na notificação de interdição total. O Brooklyn recorreu, mas o pedido foi negado. Agora o estabelecimento está avaliando o impacto do fechamento da empresa e já está decidido: vão mudar de endereço, ao invés de encampar uma briga judicial que traz desgaste, mais custos ainda para um setor produtivo que já é constantemente desafiado a continuar funcionando. A cidade também perde, ao ver um espaço que já era frequentado por artistas e apreciadores da cultura local fechar as portas.

  • Setor Comercial Sul pode vir a ser novo pólo tecnológico do DF

    Audiência pública na Câmara Legislativa discutiu propostas para revitalização do SCS Foto: Renan Lisboa (estagiário)/CLDF Chico Vigilante destacou a urgência de ação no SCS e propôs a criação de um grupo de trabalho propôs a criação de um grupo de trabalho para elaborar projeto de lei para ser votado ainda este semestre ““Nossas discussões sobre o futuro do SCS estão pautadas no que foi feito no Pólo Digital de Recife, que recuperou uma área degradada e gerou muitos empregos e faturamentos”, observou a presidente da Prefeitura Comunitária do Setor Comercial Sul, Lígia Batista Meireles.” Novos usos para o Setor Comercial Sul (SCS), área central de Brasília, foram discutidos hoje (13) em audiência pública realizada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal. A iniciativa do debate partiu do deputado Chico Vigilante (PT), que defende a revitalização da região por meio da incorporação de novas atividades. “Temos que trazer de volta a verdadeira vocação do Setor Comercial Sul, o local onde pulsa a Brasília real”, afirmou. A debandada de empresas, a falta de dinamismo econômico e a situação dos sem-teto no SCS foram apontadas como algumas das causas do abandono da região. “Hoje parece que o SCS é apenas um lugar de moradores de rua ou um local onde se realizam festas. Me preocupa muito que o SCS seja apenas um lugar de festa de fim de semana. Nada contra as festas, mas queremos outras atividades duradouras com empregos permanentes para o SCS”, defendeu Chico Vigilante. A mudança nas dinâmicas sociais durante a pandemia também afetaram o SCS. “Houve uma grande mudança nas empresas para o trabalho virtual, o que gerou uma queda na circulação de pessoas por ali”, disse Lucas Lima Ribeiro, da Secretaria de Ciência e Tecnologia. SCS tem já tem infraestrutura para virar polo tecnológico Para a presidente da Prefeitura Comunitária do Setor Comercial Sul, Lígia Batista Meireles, a solução para a região pode se inspirar em outras experiências bem sucedidas. “Nossas discussões sobre o futuro do SCS estão pautadas no que foi feito no Pólo Digital de Recife, que recuperou uma área degradada e gerou muitos empregos e faturamentos”, observou. Lígia explicou que o SCS apresenta grandes vantagens para abrigar empresas de tecnologia. “A infraestrutura está pronta, com rede elétrica no subsolo, bom sistema de mobilidade e praças públicas. Queremos ter a oportunidade de construir um plano para devolver a função econômica ao SCS”, resumiu. A possibilidade de se abrigar instituições de ensino superior no SCS também foi levantada durante a audiência. “O SCS tem vocação não só para a tecnologia, mas também para a pesquisa. Há vários prédios prontos com salas disponíveis. O estudante pode chegar de metrô ou de ônibus com facilidade”, afirmou Ovídio Maia, da Federação do Comércio do DF (Fecomércio-DF). Ao final da audiência pública, que contou com a participação de empresários, urbanistas e representantes do governo, Chico Vigilante propôs a formação de um grupo de trabalho composto pelo governo e representantes da sociedade civil para a elaboração de um projeto de lei complementar que permita o exercício de novas atividades no SCS. Não podemos esperar pela aprovação do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), pois demoraria muito e o SCS precisa de uma solução urgente”, disse. Segundo o parlamentar, a ideia é que o grupo de trabalho envie o projeto para votação na Câmara Legislativa ainda no primeiro semestre. A sugestão, porém, ainda precisa ser ratificada pelo governo. “Eu pessoalmente estou de acordo, mas preciso consultar as autoridades superiores para nos comprometemos”, disse Valmir Lemos, secretário executivo da Secretaria de Cidades do DF. Chico Vigilante garantiu que serão enviados ofícios para os órgãos competentes para concretizar a proposta. (Reportagem de Eder Wen - Agência CLDF)

  • Senado Federal oferece cursos gratuitos

    Estão abertas as matrículas para 30 cursos on-line gratuitos de até 60h. Política, Relações Internacionais, Gestão de Pessoas, Cerimonial e Orçamento Público são alguns dos temas dos cursos gratuitos oferecidos pelo Senado Federal na modalidade de ensino à distância, EAD. Os cursos estão com as matrículas abertas e tem carga horária de 20h a 60h. O curso de Introdução ao Direito Constitucional, por exemplo, está com a primeira turma aberta e pode ser concluído em 60 dias com carga de 40h. A plataforma com a lista completa de cursos pode ser acessada aqui

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